terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A lógica de tudo.



É o devir, o vir a ser, o ímpeto, o impulso, o motor primeiro, faísca que acende o sol e move o mundo. É logus, é aletheia, são dias de Aleximandro ao virar a esquina. É você, signo e significante, lingüística barata, semiótica do olhar. É amor aqui, em Trinidad e Tobago e no Japão. Somos nós. Somos nós e está tudo perdido.
Quando te vi pela primeira vez, você ainda menina, desfilando sua idiossincrasia e seus cabelos castanhos, eu disse – é mais uma. Você sorriu um sorriso de criança envergonhada e desapareceu. Eros age. O infinito conspira e bam! Lá se passaram não sei quantos anos. Você na sua. Eu na minha. Dialética dos corpos. O frio na barriga que nem Aristótoles conseguiu definir em sua poética. Mas se perdeu.
Semana passada eu ouvi por aí que você vai se casar, que preferiu a matemática suicida ao mais lindo poema de Iéssin. Eu enchi a cara de vodka, a casa de amigos e também morri. Morri pra dentro junto com a sua psicologia torta. Morri de Wundt à Sacks, de Jung à obra roubada de Schopenhauer por Freud. Do nada, assim como te conheci. Serpenteando filosofia num amor que sempre será meu.

Um comentário:

  1. Mas é essa a leitura que realmente vale a pena! A busca pela a compreensão é o caminho que o leitor precisa percorrer para acrescentar-se, o que só será possível enquanto houver escritores instigadores como você!

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