terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Me encanta. Mas vai.

E era amor pra caralho. Mesmo. Desses que a gente reinventa todos os dias, todos os minutos. Desses que a gente se diverte só de lembrar como era engraçado ficar se olhando por entre os copos - por um instante nos deformando, em todos os outros nos confundindo. Um amor que a gente fica vendo acontecer na tela quente e se dá conta que também, um dia, também foi nosso.

Por que tudo era seu: cada bobagem que eu via, cada ônibus que eu perdia, o casal de passarinhos fazendo ninho na minha varanda. Tudo era motivo para um SMS apaixonado pra contar que, pela graça de existir, sim, você eu, aquilo tudo também era nosso. E você ria sem dar explicação aos outros, lendo aquela mensagem de texto sem por quê ou pra quê, lembrando de mim. Lembrando de mim por eu estar, loucamente, lembrando de você às três e meia da tarde.

Agora eu ando meio só, é verdade. Não gosto muito de ficar explanando os motivos que nos levaram a caminhos tão opostos. Porque isso, porque aquilo... as pessoas insistem em me fazer perguntas que, honestamente, eu não tenho respostas. Bem que eu poderia dizer que acabou por que acabou ou mentir que você mudou pra Londres pra terminar um curso qualquer. Que talvez eu estivesse ocupado demais escrevendo. Que nossas famílias não se batiam muito bem. Mas eu não sei. Talvez ninguém saiba.

Devo confessar que não abro mais minhas redes sociais desde que eu vi uma foto de você sentada ao lado de um cara que, era tão óbvio, sentia alguma coisa também. Não quero mais me propor a isso apesar de te desejar toda sorte do mundo com ele ou com quer que seja. Eu te quero bem. Como no primeiro momento que te vi e já descobri que era amor pra caralho. Mesmo.

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